Análise do filme A Malvada
CURSO DE DESIGN
ESTÉTICA DO CINEMA
ANÁLISE DO FILME
A MALVADA
A introdução do som ao cinema, no final dos anos 1920, significou muito mais que o fim da era do cinema mudo. Com ele, surgiu a necessidade de estabelecer gêneros às produções, bem como a criação de estúdios e produtoras engajadas no desenvolvimento de filmes de alta qualidade. Moldava-se, assim, o estilo narrativo clássico do cinema, elaborado a partir de técnicas utilizadas por D.W. Griffith, pai do cinema americano, em que o enredo ganhava prioridade, sendo estruturado de acordo com a narrativa aristotélica tradicional (BORDWELL, 1958).
Conhecido como a Era de Ouro de Hollywood, o período que ocorreu entre o fim dos anos 1920 e início dos anos 1960 transformou o cinema em uma indústria de glamour e poder, uma posição perfeita para dominar o conceito de filme como entretenimento, produzindo histórias a partir de fórmulas muito bem estabelecidas (BARRY, 1997). O cinema modernista, especialmente após 1945, em decorrência da crescente globalização e da sua distribuição por todo o mundo, intensificou o tratamento da estética visual, bem como efeitos digitais e técnicas de edição, uma estratégia, para renovar a narrativa e o interesse do público.
Muitas das obras desse períodos são agora consideradas clássicos cinematográficos. Uma delas é A Malvada (1950), escrita e dirigida por Joseph L. Mankiewicz. O filme é um retrato realista e dos bastidores dos teatros de Nova York. Na história, Bette Davis interpreta Margo Channing, uma das grandes atrizes da Broadway, que vê a idade se tornar uma ameaça para o sucesso de sua carreira. A personagem que dá nome ao título original do filme, All Aout Eve, é Eve Harrington a mais nova e aclamada estrela dos palcos.
A história de A Malvada inicia-se em um evento no qual Eve está sendo homenageada com o mais importante prêmio. Sentados nas mesas do auditório da premiação, estão todos os mais próximo de Eve,