Análise do conto “Teoria do Medalhão”, de Machado de Assis
O conto “Teoria do Medalhão” tem início com um diálogo entre pai e filho, após o jantar de aniversário de 21 anos deste, cujo nome é Janjão. O pai pede para que seu filho abra a janela, feche a porta e se situa em relação ao horário, a fim de focar o leitor na idéia central do conto. Nesse conto, a especificação do ambiente é mínima justamente para o autor poder focar-se mais integralmente no desenvolvimento da idéia central do conto. Assim, o pai pode começar uma conversa sobre o futuro ofício do filho e sugere-lhe o ofício de Medalhão, caso as outras não corresponderem às expectativas
Medalhão é um ofício no qual é de fundamental importância o fato de não ter idéias; se manifesta em média aos 45 anos e para isso Janjão deverá passar por um processo preparatório. Fatos que demonstram a total opressão do atuante na profissão de medalhão com relação às pessoas em sua volta.
Ser medalhão era o sonho da juventude do pai de Janjão, contudo, este não conseguiu atingir o objetivo, devido à “falta de instrução” por parte de seu pai; desta forma, se tornou uma pessoa “sem outra consolação e relevo moral”, apenas com esperanças em seu filho. Janjão, por sua vez, não possui muitas idéias próprias, fato que o torna mais apto ao ofício.
O pai de Janjão passa a sugerir atividades como bilhar, passeios na rua, ressaltando que deve estar sempre acompanhado, pois a solidão gera, involuntariamente, idéias; festas com a presença da imprensa (que é essencial para a popularização do Medalhão), e até mesmo o ramo da política (sem adotar os ideais de um partido), também são foco das sugestões, de forma que quando este escolher definitivamente o ofício puder ter um maior rendimento.
Posteriormente, o pai de Janjão cita a importância de ter um bom relacionamento com as pessoas, de modo que nunca as contradiga, para isso deve fazer uso de assuntos que não possa gerar opiniões próprias como, por exemplo,