Análise do conto A hora e a vez de Augusto Matraga
Disciplina: Estilística
Professora: Greize Silva Poreli
Aluna: Charlene Oliveira de Brito
Análise do Conto “A HORA E VEZ DE AUGUSTO MATRAGA” retirado do livro Sagarana de Guimarães Rosa.
1.INTRODUÇÃO
A análise abordará aspectos semânticos-lexical inspirado no valor poético da obra e do vocabulário sertanejo, elevados a uma dimensão universal e popular ao mesmo tempo, onde tipos humanos da cultura brasileira são ressaltados com sua linguagem singular, e por isto, ganhando seu espaço estilístico dentro da literatura.
“As palavras são criações, uma interpretação do real. Elas são carregadas de afetividade e vivência, quer seja pessoal ou coletiva. O homem adquire a língua da sua comunidade e se torna uma produto da experiência acumulada historicamente na cultura de sua sociedade.”
(DIMENSÕES DA PALAVRA, Maria Tereza Camargo Biderman*)
No conto de Guimarães Rosa esta característica é evidente, os sertões são retratados e expostos em um texto poético que os colocam numa categorização estilística, onde o léxico conotativo e denotativo dos vocábulos e dos sintagmas estão num embate constante no que diz respeito aos tons populares e aos tons épicos da lúdica e rude linguagem dos sertões. Entretanto, serão mostrados aqui exemplos destes textos bem como sua categorização, dentro da teoria estilística através deste conto, “A Hora e vez de Augusto Matraga.”
2. DESENVOLVIMENTO Augusto Matraga é um fazendeiro violento e beberrão, criador de casos com os outros e desnaturado com a família. Sua mulher e muitos de seus conhecidos vão desprezando-o durante a narrativa que é feita em terceira pessoa. A narrativa em terceira pessoa contribui ainda mais para demonstrar que ele é mal falado e temido