ANÁLISE DEONTOLÓGICA DO FILME O QUARTO PODER

Quando observadas as questões morais e éticas de nossa sociedade, se torna válido analisar alguns aspectos que, por ocasião da necessidade social humana, tornaram-se tão inerentes e conjugados ao hábito popular que, de outra forma, perderia-se o controle das massas como conhecemos hoje. A deontologia, melhor definida pelo verbete inglês “Code of Practice”, nada mais é que um “conjunto de deveres profissionais de qualquer categoria profissional minuciados em códigos específicos”(Houaiss).

No filme “O Quarto Poder”, são correlacionados ambas as questões éticas e a deontologia de um profissional em específico: o Jornalista. No papel de Max Brackett, Dustin Hoffman é um jornalista em decadência que presencia uma situação um tanto quanto inesperada: Sam Baily, um ex-segurança de museu representado por John Travolta, munido de uma espingarda e quilos de dynamite, vem ao museu para uma conversa nada amigável com sua antiga chefe, fazendo de refém não só a própria Mrs. Banks (Blythe Danner), como também Max e diversas crianças.

A partir daí, a questão da deontologia jornalística entra em pauta. Descuidadosamente, Sam Baily desfere um tiro em um ex-colega seu, que por acaso era negro, e Max Brackett requer de sua operadora de camera que entre ao vivo com ele. Deste momento em diante, Max passa a cobrir o acontecimento e, contrariando acusações dos observadores de racismo por parte do antigo segurança, toma para si um caráter mais humanitário e resolve, sob o olhar atento de todo o país, ajudar Sam, que agia sob pressão, confuso e marginalizado.

Como é sabido, o título do filme faz referência à influência que a mídia tem sobre a sociedade em que vivemos. Tal poder sobre a massa por diversas vezes é utilizado de maneira a se atingir certos objetivos, que costumam ser relacionados a moldar o pensamento popular em determinada direção. Acontece que, segundo a deontologia jornalística, tal profissional deve sempre assumir seu compromisso com a verdade, o que pode se