Análise de o diabo veste prada
PRÓ-REITORIA DE ENSINO
CECIESA
Curso de Administração
Disciplina: Psicologia Organizacional
Professor: Mauro José da Rosa
Aluno: Roge Jacob Metz
Data: 06/02/2012
Andrea: de humilde operacional à corrompida estratégica
Analisar a psicologia organizacional no filme “O diabo veste Prada” é perceber de início, o que o título insinua: Meryl Streep, a chefe, um diabo da qual todos procuram fugir. Fica evidente a relação entre poder x subordinação, ainda mais quando se explora dois estereótipos, tornando o filme um tanto quanto previsível: Andrea, personagem central, uma trabalhadora ingênua, versus a cultura organizacional imposta por padrões da sociedade americana, acentuadas pelo cotidiano de uma Big Apple, holofote do mundo, para um emprego em que “milhões de pessoas matariam para tê-lo.” A personagem se vê numa luta constante entre seus valores intrapessoais e uma política a qual sujeita péssimas condições profissionais. Com o passar do filme, nota-se uma corrosão de caráter que Andrea se obriga a passar já que, ao invés de “abrir portas”, acaba figurando-se em uma workaholic, fazendo do impossível, possível para ter ascensão dentro de uma empresa que antes nem sequer conhecia. Assim como comenta Felippe, quando diz que “o trabalho deixou de ser fonte de satisfação e qualidade de vida, passando a exercer o papel de meio de sobrevivência e de esperança”. Sennett (2009) também reafirma o cenário, exemplificando que o fato de se não alcançar a fama ou destaque é quase sempre interpretado como sinal de fracasso e de ausência de habilidade pessoal. “Assim, a flexibilidade exigida das pessoas (trabalhadores) rompe com os modelos tradicionais de conduta, podendo mergulhar os indivíduos na perplexidade e na confusão, absolutamente dependentes da indicação de caminhos a serem seguidos.” A partir do momento que passa a desempenhar o papel de secretária pessoal, Andrea percebe os valores à que foi inserida e como suas