Análise de fonte
Análise de fonte
Fonte: Reportagem do Jornal do Brasil sobre a revolta ou “quebra quebra” nas barcas em 22 de maio de 1959.
Momento de levante popular durante o governo de Roberto Silveira demonstrando insatisfação com os serviços hidroviários das barcas devido a uma greve ocorrida um dia antes que pegou diversas pessoas de surpresa. O jornal oferece três páginas de informação sobre o acontecido e começa contando como terminou o fato: só na noite do mesmo dia deixando alguns mortos e uma grande quantidade de feridos. A cidade foi tomada por motins, no jornal é possível ver uma chamada dizendo que foram destruídos nove edifícios, duas lanchas, duas fazendas e uma barca. A família Carreteiro, responsável pelas barcas, era acusada de abusar do fato de o transporte ser muito importante, pois naquele momento a ponte presidente Costa e Silva, a popular ponte Rio Niterói, não existia. A família alegava prejuízos e falta de subsídios do governo, com isso aumentava o preço das passagens e mesmo assim o governo não enviava as verbas, tendo em vista que o patrimônio da família só aumentava. Com uma greve dos marinheiros no dia anterior, que no jornal o Ministro do Trabalho critica como sendo uma jogada para forçar a liberarem o dinheiro, a situação se agrava (a marinha em nota no jornal responde como sendo vítima do acontecido e não vilã). As forças armadas foram encarregadas de cumprir esse serviço das barcas nesse momento de greve. Como o serviço diminuiu seu contingente de funcionários, a vazão diminuiu na hora do rush as pessoas começaram a se aglomerar gerando uma maior dificuldade de organização por parte dos militares que começaram a agir de forma violenta o que gerou uma reação por parte da população. Os militares responderam com uma rajada de tiros, no qual a fonte do jornal diz que um popular gritou aos outros que eram de pólvora seca. Na população havia homens armados com pistolas, paus e nesse momento foi o estopim para que o