Análise de fontes
Primeiro capitulo da obra Morte é uma Festa: ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX.
O capitulo primeiro da obra “A Morte é uma Festa” introduz o leitor em uma narrativa detalhada sobre a cidade de Salvador e seu cotidiano no início do século XIX, trazendo informações precisas sobre: composição étnica e demográfica, conjuntura econômica, hierarquias sociais, problemas urbanos e desigualdades sociais. Segundo o próprio autor, desenvolveu seu estudo a partir de um viés baseado na História Social e construiu o seu trabalho a fim de entender de que forma tal revolta popular teria espelhado aspectos culturais, tradicionais e costumeiros do grupo social nela envolvido (REIS, 1992). É notável a utilização de fontes documentais como: sensos populacionais “segundo o senso de 1855, somente 8% dos habitantes das lojas eram brancos” (REIS, 1992), diários de viagens “O Frances A. Dugivel, que visitou a Bahia em 1832-3 numa viagem que definiu...” (REIS, 1992), periódicos “Mais de 32% dos que morriam não haviam alcançado idade de onze anos” (REIS, 1992) Registro e fotografias da época. Fontes documentais do poder judiciário como testamentos, do poder executivo como sensos populacionais, listas normativas, arquivos privados e relatos de viagens, usadas para promover o contexto do acontecimento, aparecem como as principais fontes dessa parte da obra.
Bibliografia:
SILVA, Aryanne Faustina. O uso dos testamentos como fontes para a produção do conhecimento histórico. In: Anais da XVI Encontro Regional de História da APUH-RIO: Saberes e práticas científicas, Rio de Janeiro, 2014.
REIS, João José. A Morte é uma Festa: Ritos Fúnebres e Revolta Popular no Brasil do século XIX. São Paulo, Companhia das Letras, 1992.