Análise de "cantiga de esponsais"

Leitura do conto

Cantiga de Esponsais, narra a história de Romão Pires, que três dias depois de casado, possivelmente inspirado pela felicidade de seu casamento, aos trinta e quatro anos, em 1779, decide compor uma cantiga para sua amada esposa. Após ter iniciado a cantiga, conseguiu dar sentido a algumas notas musicais, porém, por falta de inspiração ou por incapacidade, não consegue finaliza-la. Tentou muitas outras vezes, durante o casamento, mas não obteve êxito. O sentimento de frustração e tristeza tomou conta de sua alma. Como que por capricho do destino, aos vinte e três anos, dois depois de casado, morre a sua amada esposa. Após a morte da amada, ele rele suas anotações infrutíferas, e se sente ainda mais infeliz por não ter sido capaz de expressar sua felicidade através da composição.
Já em 1813, com sessenta anos, Romão Pires rege gloriosamente a orquestra da Igreja do Carmo. É um homem público, respeitado entre os músicos, uma figura familiar conhecido como Mestre Romão. Enquanto rege, transborda em felicidade, sua alma enaltece, nem parece o velho mestre Romão do dia a dia, um homem melancólico, cheio de tristeza. Ao final da festa, o velho homem, escorado em sua bengala, caminha lentamente para casa, onde mora com pai José, seu escravo e amigo. Na casa, um lugar sombrio, sem vida, cheio de tristeza, esta o cravo, que Mestre Romão poucas vezes arisca tocar, pois nada sai. Ao chegar, sente-se mal, e pede ao escravo que lhe busque remédio, padece do coração. O remédio em nada ajuda. Cinco dias depois da festa recebe a visita do médico, que diz a ele que é necessário não pensar em musica, causa de seu problema. Essas palavras mais servem de estímulos para concluir a obra. Ao ficar sozinho com o escravo pega na gaveta as anotações do canto começado em 1779, e tem a ideia de finaliza-lo de qualquer forma. Ordena que coloque o cravo na sala que da para a janela, precisa respirar melhor. Vê pela janela um jovem casal, cheio de amores. Senta-se, e por