Realismo e Naturalismo
A segunda metade do século XIX foi marcada por um grande avanço nas ciências naturais, na filosofia, na política e na economia. Não havia mais espaço para as idealizações românticas, por isso a literatura do período procurou expressar objetivamente a realidade, descrevendo o mundo de maneira, por vezes, distanciada e racional. As escolas: realista, naturalista e parnasiana combateram o Romantismo e propuseram uma nova forma de análise da sociedade. O Realismo surgiu na França com publicação de Madame Bovary, de Gustave Flaubert, em 1857; o Naturalismo, com Thérèse Raquin, de Émile Zola, em 1867; o Parnasianismo, a partir de 1866. O Naturalismo foi uma tendência do Realismo que procurou analisar o homem sob uma perspectiva determinista e materialista e reduziu os fenômenos sociais a fatores biológicos, principalmente.
CONTEXTO HISTÓRICO GERAL
Surgimento da Geração Materialista ou Geração de 70 (1870-1900);
Positivismo de Augusto Comte (Sistema de filosofia positivista, 1850): rejeição da metafísica, valorização do empirismo e do conhecimento científico;
Inspirado na Revolução de 1848 na França, Ernest Reanan começa a escrever O futuro da ciência (só publicado em 1890), livro em que defende a libertação da humanidade por meio da tecnologia e da cultura.
Darwinismo – publicação da obra A origem das espécies, em 1859, por Charles Darwin, em que o cientista apresenta ao mundo a teoria da seleção natural.
Determinismo histórico e geográfico de H. Taine – teoria segundo o qual o comportamento humano é condicionado por três fatores: meio, raça e momento histórico.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO REALISMO/NATURALISMO
Literatura como veículo de denúncia;
Universalismo;
Descritivismo: a realidade deve ser descrita como uma “fotografia”;
Objetividade – o narrador deve manter-se imparcial diante dos fatos que relata;
Valorização do momento histórico presente;
Linguagem acessível ao público leitor;
Respeito à lei da