Análise de Amor e Medo
TRABALHO DE LÍNGUA PORTUGUESA
CURITIBA,
2014
Amor e Medo
Quan/do eu /te /ve/jo e/ me /des/vi/o /cau/to 10 A
Da /luz /de /fo/go /que /te cer/ca, ó /be/la, 10 B
Com/ti/go /di/zes, /sus/pi/ran/do a/mo/res: 10 C
— "Meu /Deus/! Que/ge/lo, /que /fri/e/za a/que/la!" 10 B
Co/mo/te em/ga/nas! /meu /a/mor, /é /cha/ma 10 D
Que /se a/li/men/ta/no /vo/raz /se/gre/do, 10 E
E/se /te /fu/jo é /que /te a/do/ro/lou/co... 10 F
És /be/la/ — eu/mo/ço/; tens a/mor/, eu/ — me/do... 10 E
Te/nho/me/do /de /mim, /de /ti, /de /tu/do, 10 E
Da /luz, /da /som/bra, /do /si/lên/cio ou/vo/zes 10. G
Das folhas secas, do chorar das fontes, H
Das horas longas a correr velozes. G
O véu da noite me atormenta em dores I
A luz da aurora me enternece os seios, J
E ao vento fresco do cair das tardes, K
Eu me estremece de cruéis receios. J
É que esse vento que na várzea — ao longe, L
Do colmo o fumo caprichoso ondeia, M
Soprando um dia tornaria incêndio N
A chama viva que teu riso ateia! M
Ai! se abrasado crepitasse o cedro, O
Cedendo ao raio que a tormenta envia: P
Diz: — que seria da plantinha humilde, Q
Que à sombra dela tão feliz crescia? P
A labareda que se enrosca ao tronco R
Torrara a planta qual queimara o galho S
E a pobre nunca reviver pudera. T
Chovesse embora paternal orvalho! S
Ai! se te visse no calor da sesta,
A mão tremente no calor das tuas,
Amarrotado o teu vestido branco,
Soltos cabelos nas espáduas nuas! ...
Ai! se eu te visse, Madalena pura,
Sobre o veludo reclinada a meio,
Olhos cerrados na volúpia doce,
Os braços frouxos — palpitante o seio!...
Ai! se eu te visse em languidez sublime,
Na face as rosas virginais do pejo,
Trêmula a fala, a protestar baixinho...
Vermelha a boca, soluçando um beijo!...
Diz: — que seria da pureza de anjo,
Das vestes alvas, do candor das asas?
Tu te queimaras, a pisar descalça,