Análise do poema "amor e medo".
Parte 1
Quando eu te fujo e me desvio cauto
Da luz de fogo que te cerca, oh! Bela,
Contigo dizes, suspirando amores:
" - Meu Deus! Que gelo, que frieza aquela!"
Como te enganas! Meu amor é chama
Que se alimenta no voraz segredo,
E se te fujo é que te adoro louco...
És bela - eu moço; tens amor - eu medo!...
Tenho medo de mim, de ti, de tudo,
Da luz, da sombra, do silêncio ou vozes,
Das folhas secas, do chorar das fontes,
Das horas longas a correr velozes.
O véu da noite me atormenta em dores
A luz da aurora me intumesce os seios.
E ao vento fresco do cair das tardes
Eu me estremeço de cruéis receios.
É que esse vento que na várzea - ao longe,
Do colmo o fumo caprichoso ondeia,
Soprando um dia tornaria incêndio
A chama viva que teu riso ateia!
Ai! Se abrasado crepitasse o cedro
Cedendo ao raio que a tormenta envia.
Diz: - que seria da plantinha humilde
Que à sombra dele tão feliz crescia?
A labareda que se enrosca ao tronco
Torrara a planta qual queimara o galho;
E a pobre nunca reviver pudera
Chovesse embora paternal orvalho! Casimiro de Abreu
Análise do poema Amor e medo /PLANO TEMÁTICO
Do que trata ? O poema trata do amor que o eu lírico sente por sua amada, porém, ele tem medo de ceder a tentação desse amor, pois isto, poderia causar um mal à ela, e esta sem saber, acha que o eu lírico não gosta dela, porque sempre a trata com frieza.
COMO TRATA ? O poema é tratado com o eu lírico revelando o motivo de seu medo, através de um desabafo.
Quais as imagens presentes ? No poema, as imagens presentes são a do eu lírico, do seu medo e do seu secreto sentimento de amor por sua amada.
Quem é o eu lírico ? Um homem que ama secretamente e tem medo de ceder a esse amor.
Quais as suas características ? Psicologicamente, é forte por resistir a tentação, também é triste