ANÁLISE DAS DIFERENTES PERSPECTIVAS DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL
INTRODUÇÃO:
Os Estados, desde sua formação moderna, sempre se relacionaram em algum nível. Ainda que essa relação nem sempre seja amigável ou estreita, é virtualmente impossível não ter nenhum tipo de contato com outros países, pelo menos com os vizinhos fronteiriços. As teorias de relações internacionais abordam temas que vão além da guerra, da fragmentação política e do conflito; estudam também a cooperação, a integração e a paz. Dentro deste escopo, analisam: como e porque os estados cooperam, constroem relações pacíficas e desenvolvem processo de integração, entre outras questões.
Nas últimas décadas, nota-se uma tendência ao alinhamento entre as nações. Teóricos discutem se essa é conseqüência do surgimento dos Estados Unidos como hegemonia mundial, cuja ideologia deva ser seguida pelos demais países para continuar no jogo da política internacional, ou se é decorrente do aumento do comércio e, portanto, da interdependência entre os países. Este debate será mais bem detalhado posteriormente, mas o ponto que se deseja estressar é que, entre os diversos meios de se atingir a cooperação, a integração regional é só mais um.
A cooperação pode ocorrer por ajustamentos de comportamento dos atores, em resposta ou por antecipação às preferências de outros atores. Nesse sentido, os poderes hegemônicos possuem a capacidade de estabilizar e fornecer segurança ao sistema, contribuindo para a realização de vantagens mútuas.
A definição comum avalia que relações de cooperação não estão baseadas na coação ou no constrangimento; são legitimadas através do consentimento mútuo dos players. Elas geralmente resultam da participação dos Estados em organizações internacionais e outras formas de cooperação, como os regimes (conjuntos de regras, regulamentos, normas e processos de tomada de decisões consensuados, no seio dos quais os estados buscam dirimir certas questões e em torno dos quais convergem as