Análise da obra fogo morto
Macapá – AP
2012
Fogo Morto
A obra “Fogo Morto” é um romance regionalista de José Lins do Rego, publicada em 1943, narrada em terceira pessoa, onde retrata o Nordeste e a oligarquia composta pelos senhores de engenho, ameaçada com a chegada do capital proveniente da industrialização. O narrador conta a história de modo linear e direta, utilizando-se de uma linguagem de âmbito popular, espontânea, pura, proveniente do estado da Paraíba. Refletem em sua obra os problemas sociais, o fim do patriarcalismo rural, a decadência dos engenhos com a entrada das máquinas, já que muitos senhores de engenho não conseguiram se acostumar com esta modernização. O romance desenvolve-se durante os primeiros anos do século XX, município de Pilar, na Zona da Mata Paraibana, as margens do rio Paraíba, onde a maioria das ações passa-se nas terras do engenho Santa Fé. José Lins do Rego expõe em sua obra o trabalho escravo de um povo sofrido, obrigado a trabalhar em plantações de cana-de-açúcar. É nítida a evidencia da loucura e da decadência, pois caminham lado a lado dentro da obra. Em “Fogo Morto” José Lins do Rego trabalha em três personagens principais, onde cada um representava uma classe social da população do nordeste, que tinham em comuns características marcantes como o orgulho e a falta de sensibilidade pela família. Personagens que nos empolgam no desenrolar da história ficcional, nomeados por: José Amaro - é um seleiro branco, valente, explorado por seu patrão, mora com sua mulher e filha, onde ganhava a vida realizando artefatos de couro. Representava a classe baixa da sociedade. Luís César de Holanda Chacon (Coronel Lula) – fazia parte da classe social com grande poder político econômico, porém arrogante, hipócrita, que mesmo a beira da falência não deixou à soberba. Capitão Vitorino Carneiro da Cunha – Defensor dos pobres, trabalhador, corajoso, pois não temia a ninguém e dizia-se capitão. Era gordo, alegre, espirituoso e