Fogo morto

Fogo Morto, de José Lins do Rego
Pillar – Cidade onde se passa a obra.
- Personagens
Cada uma das personagens principais representa, na verdade, uma classe social da população nordestina. As três personagens centrais estão envolvidas no cenário de miséria, doenças, e por uma politicagem e prepotência policial que defendem as minorias fortes e, como saída, o cangaço.
José Amaro – Trabalhador branco livre do Nordeste. Chegou ao Engenho Santa Fé trazido pelo pai o velho Amaro; “homem valente que viera de Goiana, com uma morte nas costas”. Revela forte orgulho por ser branco e alta consciência de seu humano. Sabe que é explorado e não quer aceitar; porém não tem alternativa, salvo sua coragem e o apoio ao cangaceiro Capitão Antônio Silvino, o único que levava justiça aos pobres e colocava medo nos grandes. Sua decadência pode ser considerada decorrente, em parte, do processo de industrialização das selas, que já ocorre nos centros urbanos.
Devido às andanças pela noite, Mestre José Amaro ganha fama de lobisomem. Sustentavam que saia em busca de sangue. Culpa toda a sua infelicidade na esposa, Sinhá, e na loucura da filha Marta. Devido a uma intriga com o negro Floripes, recebe intimação de deixar a sua casa no Engenho Santa Fé. Às brigas com o senhor de engenho somam-se as desilusões com a própria profissão e com a vida familiar. A mulher o abandona, a filha é levada para a Tamarineira. Não suportando as frustrações e a solidão, Mestre José Amaro acaba por suicidar-se.
Sinhá - Mulher de José Amaro.
Marta – Filha de José Amaro, tem 30 anos e ainda é solteira, e apanha do pai que a bata para ‘curar’ da loucura em que ela se aprofunda a cada dia.

Coronel Lula (Chacon) de Holanda - Figura como representante da aristocracia arruinada dos engenhos, não gostava de trabalhar para a prosperidade do engenho e só tinha ares aristocráticos e uma compulsão por rezas. Possuí o orgulho despótico de um senhor feudal, mas perde o poder econômico. Refugia-se na religião, no