Análise da Decisão: Mudança nas Regras da Poupança
Trabalho Final de Curso
Mudança nas Regras da Poupança
1. Resumo:
A instituição governamental tem como função garantir o bem-estar de seus cidadãos. Para tal, ela dispõe de medidas econômicas, legislativas e políticas, que podem variar desde medidas conservadoras que busquem somente a manutenção de uma situação até medidas ousadas, que busquem alterar completamente uma situação que podem provocar reações exacerbadas da sociedade.
Uma medida que pode ser considerada de alta ousadia, porém economicamente fundamental, foi à mudança das regras da poupança adotadas por Dilma Rousseff.
A poupança é uma das mais populares formas de investimento, e com mais de 100 milhões de contas abertas no país com aproximadamente R$433,3 bilhões aplicados no final de abril. Sempre representou uma forma de investimento segura, com rentabilidade imediata, ganhos fixos e garantidos em contrapartida a um rendimento inferior às demais formas de investimento.
Uma mudança na poupança, diminuindo ainda mais os seus rendimentos, é considerada arriscada, pois afeta a segurança de todos os cidadãos em relação aos seus investimentos. Sendo a poupança uma fonte de renda segura, diminuir seus rendimentos pode ocasionar em uma busca por riscos maiores, que por sua vez pode gerar problemas econômicos sérios além da insatisfação da população.
A poupança é a mais tradicional e popular alternativa de investimento da população brasileira. Foi criada no século XIX para acolher as aplicações das pessoas de baixa renda, inclusive escravos, por decreto do então imperador Dom Pedro II, que já lhe fixava uma remuneração de 6% ao ano. A história da poupança é preservada no site da Caixa Econômica Federal, fundada na mesma época exatamente para administrar esses depósitos.
Seus rendimentos sempre foram fixados na taxa SELIC, a taxa básica de juros da economia. Quanto mais a taxa SELIC subia, mais a poupança rendia, e vice-versa. Com a mudança