Análise da carta Folha de São Paulo
Unidade São Gabriel
Curso: Língua Portuguesa: Leitura, Gramática e EscritaDisciplina: Pressupostos Linguísticos
Professora: Márcia Fonseca Amorim
Aluna: Fernanda ColcernianiAnálise da Carta da Folha de São Paulo à luz da teoria do Discurso
Belo Horizonte, 26 de Março de 2011Análise da Carta da Folha de São Paulo à luz da teoria do Discurso
Para cada discurso proferido por um sujeito estabelecemos uma determinada interpretação. Para que a interpretação se construa, é necessário que o destinatário respeite certas “regras do jogo”. Essas “regras do jogo” são estabelecidas pelos sujeitos que se comunicam e espera-se que cada um respeite essas regras, então, para que se produza e se compreenda um enunciado, espera-se que determinadas regras sejam seguidas. Essas regras não são obrigatórias, mas caso não sejam cumpridas, a comunicação não é efetiva. Essas regras supostamente respeitadas pelos interlocutores são as máximas da conversação chamadas de “Leis do Discurso” e foram postuladas pelo americano Paul Grice.
No caso da Carta da Folha de São Paulo, observamos a enunciação da empresa de notícias dirigida à Márcia, uma ex-assinante do jornal. De acordo com Grice, cada sujeito em uma atividade verbal deve reconhecer os seus direitos e deveres e colaborar para que ocorra o sucesso comunicacional entre eles, é o que podemos chamar de “Princípio de Cooperação”. Na Carta enviada pela Folha de São Paulo, percebe-se a relação de ‘‘jornal x ex-assinante” pela forma de tratamento que é escolhido pela empresa e o uso de expressões como: “saudade”, “há quanto tempo”, “convite irrecusável para o nosso reencontro”, “para nós, você já é de casa”, “você faz a maior falta pra gente”. Percebe-se a implicatura neste caso, através de pressupostos oferecidos pelo discurso, sabemos que a carta dirige-se a um ex-assinante. Além disso, existe um objetivo real e comercial pretendido pela carta, já no início percebemos este objetivo: o