Análise crítica práticas corporais

Universidade Federal do Espírito Santo – UFES
Centro de Educação Física e Desporto – CEFD
Programa de Pós-Graduação em Educação Física – PPGEF

ANÁLISE CRÍTICA

VITÓRIA-ES
2011
As práticas corporais têm assumido diferentes sentidos e significados em sociedades que são cada vez mais plurais, com interesses diversificados. Nesse processo, práticas que antes se relacionavam estritamente ao lazer adquirem novas formas que podem implicar, por vezes, em uma burocratização e especialização que, marcadamente, compõem o processo de esportivização.
À medida que estas mudanças consolidam-se e transformam a cultura esportiva de uma determinada cidade/região/país, os diversos atores sociais, não apenas os praticantes passam a confrontar-se com as implicações da inserção destas “novas” práticas, cotidianamente.
A partir do texto jornalístico “Prefeitura vai propor regras para a prática do frescobol” de autoria de Frederico Goulart é possível identificar alguns dos impactos do processo de esportivização do frescobol que permitem refletir, em um contexto mais amplo, sobre que tipo de mudanças a diversificação e proliferação das “novas” práticas corporais, sobretudo, em sua forma esportivizada, têm sobre as sociedades e vice-versa.
Na reportagem, destaca-se inicialmente a prática do frescobol como uma atividade comercial, o que implica certa burocratização explícita nesta notícia através da menção à escolinha “Espaço ao Sol” e à Associação das Escolas de Esporte de Praia,

Depois de toda a polêmica envolvendo a liminar concedida pelo 1º Juizado Especial Cível de Vila Velha, que proibiu a prática de frescobol - como atividade comercial - em um espaço destinado ao esporte, na Praia da Costa, a prefeitura do município decidiu que vai propor para os próximos dias uma reunião em conjunto, da qual também participarão a Superintendência de Patrimônio da União (SPU), o Ministério Público e a Associação das Escolas de Esporte de