Análise Comparativa

A partir de uma análise relevante, acerca do debate proposto pelo Movimento de Reconceituação do Serviço Social, observa-se que tal movimento proporcionou uma grande mudança para a profissão, e este processo se iniciou na década de 1960, tendo em vista a luta pela desvinculação do conservadorismo tradicional. O Movimento de Reconceituação surge devido às necessidades de se adequar práticas profissionais a realidade do país e a ruptura com o conservadorismo tradicional. A inquietação diante da submissão profissional, aos interesses da burguesia, da igreja católica e ao regime militar desencadeou esse movimento construindo a partir daí, novos métodos e técnicas para um agir profissional com identidade própria.
É importante destacar que os movimentos sociais exercem um forte impulso no que tange as transformações sociais, capazes de abordar problemas mais gerais e de garantir o reconhecimento dos anseios coletivos de uma sociedade.
Avritzer (1994, p.189-190) afirma que “os movimentos sociais constituem aquela parte da realidade social na qual as relações sociais ainda não estão cristalizadas em estruturas sociais, onde a ação é a portadora imediata da tessitura relacional da sociedade e do seu sentido”. Objetivando a modificação de comportam2entos e de regras e a conquista de mudanças sociais através de lutas com o sistema político.
Cabe destacar ainda, que a tentativa de ruptura com o conservadorismo para um método crítico e investigativo deu-se por conta da censura no transcorrer do movimento, devido ao contexto da Ditadura Militar que se vivenciava na época. Essa tentativa está focada nos movimentos sociais, que foi a principal arma para a renovação dos conceitos sobre o Serviço Social.
Diante disso, é pertinente mencionar o que Correia (2001), aborda acerca dos movimentos sociais, quando afirma que a sociedade civil serve-se destes para conquistar direitos negados ou não disponibilizados pelo Estado. É nesse contexto de carências, de exclusão e necessidades