Análise antropológica do filme babel
Professor Eduardo Fonseca - Antropologia
Aluno: Jonatas Marques
O filme Babel do diretor mexicano Alejandro González Iñárritu, aborda quatro histórias que se desenrolam em três continentes e que são interconectadas pelo mesmo incidente: o disparo de um rifle por dois garotos pastores do Marrocos, que atinge um ônibus de turismo ferindo uma americana. Este incidente revela diversas inter-relações entre pessoas isoladas geograficamente. Personagens habitantes de quatro países – Japão, México, Marrocos e Estados Unidos – têm suas vidas profundamente afetadas e suas famílias também são a partir do disparo da arma.
Assistindo ao filme Babel, podemos notar elementos culturais diversificados, e algumas formas etnocêntricas. O filme aborda muito a comunicação, a necessidade de que temos de se comunicar e as dificuldades que temos neste sentido. O querer se aceito e o não ser aceito, às vezes até dentro na nossa própria cultura. Retrata claramente a diversidade cultural de alguns países, o preconceito diante de culturas desconhecidas e em especial, do preconceito norte americano que pressupõe que todos no mundo estão contra eles, são inferiores a eles e querem de toda forma ataca-los.
No filme pode ser muitas cenas onde se é identificado etnocentrismo, como na cena em que a jovem japonesa Chieko que é deficiente auditiva é abordada por um grupo de jovens normais que quando percebem que a mesma é deficiente auditiva, desistem de falar com ela, e ficam com zombarias entre si. Na fronteira americana com o México a empregada do casal americano, Amélia tem o tratamento policial bastante abusivo ocasionado por um sentimento de superioridade americana. A cena em que a americana Susan dúvida da procedência do alimento durante a viagem, e quando a personagem e o grupo de turistas não confiam nos habitantes da pequena vila no Marrocos onde ela é socorrida, demonstra muito o fator etnocêntrico.
A diversidade cultural é parte