Antônio conselheiro
Tornou-se educador e missioneiro laico e, durante suas pregações pelo sertão, durante mais de 20 anos, foi deixando por onde passava as marcas de sua fé e do seu compromisso social, construindo, mediante trabalho comunitário, pequenas represas, capelas, cemitérios, etc.
Conselheiro casa-se com Brasilina Laurentina de Lima, sua prima, aos 27 anos. Quatro anos depois, Conselheiro flagra sua esposa traindo-o com um sargento em sua própria casa. Abandona o lar e vai para o Cariri.
Depois de vinte anos de peregrinação pelo nordeste ( ele perambulou pelo Ceará, Sergipe, Pernambuco e Bahia), amado pelo povo e visto como um messias ou um profeta por alguns, imcompreendido e perseguido pelas autoridades, Conselheiro observou de perto o atraso em que o povo se encontrava e o descontentamento que eles sentiam. Assim, resolveu, na última década do século XIX, pôr em prática seu objetivo de formar uma comunidade igualitária: Belo Monte (Canudos, no interior da Bahia). Rapidamente, a comunidade cresceu e tornou-se uma das maiores cidades do nordeste, com 25.000 habitantes. Organizada, religiosa, produtiva e comunitária.
A reação das pessoas de posses, dos políticos e de alguns setores da igreja, deu início à Guerra dos Canudos, que teve seu início em 1.896, a maior guerra campesina do século XIX. As três primeiras expedições militares foram derrotadas pelos sertanejos. A quarta expedição da polícia e do exército, formada por milhares de homens, potentes canhões e liderada por Artur Oscar, conseguiu, no dia 5 de