Antígona e a política contemporânea
Disciplina: Introdução à Ciência Política
Professor: Estevão Machado
Aluna: Dádiva Priscilla Ferreira Lima
Antígona e a política contemporânea
A obra de Sófocles apresenta como questão central o descumprimento da lei proclamada pelo rei de Tebas, Creonte, por sua sobrinha Antígona.
Após os dois irmãos se matarem durante a disputa pelo trono que havia sido de seu pai, Édipo, Creonte torna-se rei por ser o parente mais próximo da linhagem de
Jocasta. O novo governante determina que o corpo de Eteócles, que era a favor do tio na sucessão do trono, receberia todos os ritos fúnebres de acordo com a lei dos deuses.
Polinices não teria o mesmo tratamento, por ter reivindicado o trono para ele mesmo, já que era herdeiro direto do rei predecessor, e se colocado contra sua pátria. Aquele que desobedecesse a lei seria punido com a morte.
Antígona coloca-se contra o decreto do tio e presta as devidas homenagens ao irmão. Em sua defesa alegava estar cumprindo as leis divinas. A crença da época dizia que o espírito de morto só encontraria descanso se tivesse um funeral.
O embate dessas duas posições fica claro no diálogo entre Creonte, que personifica o Estado e suas leis, e Antígona que representa a moral religiosa.
ANTÍGONA: Não vejo de que me envergonhe em ter prestado honras fúnebres a alguém, que nasceu do mesmo ventre materno...
CREONTE: E por acaso não era teu irmão também, o outro, que morreu?
ANTÍGONA: Sim! Era filho do mesmo pai, e da mesma mãe!
CREONTE: Então por que prestas a um essa homenagem, que representa uma impiedade para com o outro?
ANTÍGONA: Asseguro-te que esse outro, que morreu, não faria tal acusação!
CREONTE: Sim! Visto que só honraste, com tua ação, aquele que se tornou criminoso. ANTÍGONA: O que morreu também não era seu escravo, mas seu irmão!
CREONTE: No entanto devasta o país, que o outro defendia.
ANTÍGONA: Seja como for, Hades exige que a ambos se apliquem os mesmos ritos!
CREONTE: