Antígenos
A resposta imune adquirida surge como resultado da exposição a estímulos não-próprios. O composto que elicita a resposta é chamado de “antígeno” ou “imunógeno”. A distinção entre esses dois termos é funcional. Um antígeno é qualquer agente capaz de se ligar especificamente a componentes da resposta imune, tais como linfócitos e anticorpos solúveis. Por outro lado, um imunógeno é qualquer agente capaz de induzir uma resposta imune. A diferenciação entre os dois termos se faz necessária, uma vez que existem muitos compostos capazes de induzir uma resposta imunológica, mas que são aptos a se ligar a determinados componentes do sistema imune que foram especificamente induzidos contra eles. Portanto, todos os imunógenos são antígenos, mas nem todos os antígenos são necessariamente imunógenos.
Esta diferença torna-se óbvia no caso de compostos de baixo peso molecular, um grupo de substâncias que incluiu muitos antibióticos e muitas drogas. Por si só, esse compostos não são capazes de induzir uma resposta imune, mas quando acoplados a moléculas muito maiores como as proteínas, o conjugado resultante induz uma resposta imune que é direcionada contra várias de suas partes, incluindo o composto de baixo peso molecular. Quando manipulado desta maneira, o composto de baixo peso molecular é chamado de hapteno: o composto de alto peso molecular ao qual ao hapteno é acoplado chama-se carreador. Portanto, um hapteno é uma substância que por si só não consegue induzir uma resposta imune, mas contra a qual se pode induzir uma resposta imune quando o hapteno encontra-se acoplado (conjugado) a um carreador.
EXIGÊNCIAS PARA A IMUNOGENICIDADE
Para ser considerada imunogênica, a substância necessariamente tem de apresentar as seguintes características: (a) ser estranha, (b) ter alto peso molecular, (c) ter complexidade química, e, na maioria dos casos, (d) ter capacidade de ser degradada.
Estranheza
A primeira exigência para um composto ser imunogênico é