Super antígenos
Quando o sistema imune encontra um antígeno T-dependente convencional, somente uma pequena fração (1 em 104 -105) da população de célula T é capaz de reconhecer o antígeno e se tornar (resposta monoclonal/oligoclonal). Entretanto, há alguns antígenos que ativam policlonalmente uma grande fração de células T (até 25%). Esses antígenos são chamados superantígenos.
Exemplos de superantígenos incluem: Endotoxinas estafilocócicas (intoxicação alimentar), toxina de choque tóxico estafilocócico (síndrome de choque tóxico), toxinas de esfoliação estafilocócica (síndrome da pele escaldada) e exotoxinas pirogênicas estreptocócicas (choque). Embora superantígenos bacterianos são os mais bem estudados há superantígenos associados com vírus e outros microrganismos também.
As doenças associadas com a exposição a superantígenos são, em parte, devidas à hiper ativação do sistema imune e subseqüente liberação de citocinas biologicamente ativas pelas células T ativadas.
Os superantigenos são proteinas que exercem potente efeito no sistema imune. Como moléculas bifuncionais, eles permitem uma interação entre as moléculas MHC de classe II das células apresentadoras de antígeno e a região VB do receptor TCR de linfócitos, levando a uma intensa ativação destas células. Tal ativação pode ter diferentes consequencias, como proliferação, deleção ou indução de anergia celular. Os superantigenos podem ser expressos por uma grande variedade de microorganismos, como bactérias, vírus e algumas espécies de micoplasmas. Os superantígenos bacterianos mais bem caracterizados são as exotoxinas pirogênicas produzidas por Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes, as quais estão envolvidas em muitas doenças, tais como a síndrome do choque tóxico, intoxicação alimentar, síndrome de Kawasaki e síndrome da pele escaldada estafilocócica. O tratamento dessas patologias pode ser feito com o uso de antibióticos, quando o diagnóstico for precoce. Em estágios mais avançados,