Antropologia e poder: desdobramentos
Introdução a Antropologia
Resumo capitulo 7
Antropologia e Poder: Desdobramentos
Pode-se dizer que tratamos as sociedades primárias como grupos humanos sem poder e sem Estado. Não são necessariamente sociedade sem prática política, pois a política é um conjunto de atividades humanas planejadas e integradas culturalmente cujo objetivo é a regulação do poder. Obviamente isso pode acontecer sem um terceiro ou sem Estado.
No âmbito da política ou atividade social em grupo que visam à sobrevivência material ou espiritual, que obrigatoriamente envolvem todos, essas atividades estejam propositadamente diluídas de forma a impossibilitar o surgimento de um “GOVERNANTE” que acumule poder. Este e o caso das sociedades primatas.
Mesmo quando algum poder dissuasório (faz mudar de opinião ou intenção) ou coercitivo (que pode exercer repressão), o estranhamento à concentração e acumulação de poder é imediato, e a criação de alguma entidade exterior á comunidade é imediatamente desvalorizada, ridicularizada e banida. A única exterioridade aceitável é a “mãe natureza”. Assim, preferimos dizer que nas sociedades primárias impera a autoridade advinda do prestígio, holístico e místico, feiticeiro, ou da generosidade do chefe. Portanto, podemos dizer que as sociedades primárias apresentam todas as formas de concentração e exarcebamento (tornar áspero) de poder.
O Professor Edinaldo Bezerra de Freitas fala que a estratégia política dos krahô em diluir o comando e a autoridade, dispersando-a em uma estrutura de diversos indivíduos e trocando-os perantemente, submetendo, assim, o poder à comunidade. Nas condições atuais , quase absorvidos pela nossa cultura e em contato com outras etnias, os conflitos políticos começam a aflorar e o poder começa a quere ser absoluto.
Essa separação de autoridade e poder parte de nossas premissas filosóficas tradicionais parecem que poder é a violência institucionalizada e consentida e que a violência do poder