ANTROPOLOGIA E CULTURA

“TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES E EXTINÇÃO DE ESPÉCIES NO BRASIL”
3404235130810000A Lei 9.605/98, conhecida como nova lei de Crimes Ambientais, em seu Artigo 29, Parágrafo 3º, define animais silvestres com clareza: "são espécies da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras". Assim sendo, animais silvestres são aqueles que não podem ser domesticados, tendo como ambientes naturais matas e florestas, e que não podem ser comercializados sem que haja uma autorização.
O tráfico de animais silvestres caracteriza-se na retirada de animais do seu habitat natural; prendê-los e vende-los ilegalmente para obtenção de lucro. Esse tipo de tráfico movimenta cerca de 20 bilhões de dólares por ano em todo mundo, ocupando assim a terceira posição no ranking de atividades ilícitas, sendo superada apenas pelo tráfico de pessoas, armas e drogas.

O Brasil é o país mais visado para essa prática, pois nele concentra-se a maior biodiversidade de flora e fauna do planeta (cerca de 15% de todos os seres vivos). Essa enorme variedade de animais, plantas, microrganismos e ecossistemas, devem-se, entre outros fatores, à extensão territorial e as diversidades climáticas do país. A captura destes animais na maioria das vezes são realizadas por populações ribeirinhas que são aliciadas por traficantes, usando o conhecimento dessas pessoas para a retirada dos animas de seus habitats em troca de valores, que para eles são significativos. São retirados do Brasil cerca de 12 milhões de animais a cada ano e a produção de manufaturados a partir desses animais, apesar de incalculável, está estimada em 50 milhões de produtos.

A maioria dos animais silvestres capturados estão nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Mas a principal rota de transporte desses animais está no