Antropologia urbana
Desde 1985 o Brasil não assistia a demasiado crescimento do Produto Interno Bruto como em 2010, de 7,5%. O aumento do crescimento nos últimos anos consolidou a posição do Brasil dentro das potências emergentes e como lugar frutífero para investimentos do capital nacional e estrangeiro, mostrando como o governo Lula foi capaz de superar a crise internacional de 2008 criando a imagem de um país estável.
Esse novo período na história brasileira foi denominado como “Novo Desenvolvimentismo” por Aloísio Mercadante Oliva(2010) onde a trajetória brasileira apresenta uma inflexão histórica perante a concentração de renda e riqueza. A visão governamental de que os problemas sociais seriam solucionados pela economia de mercado é substituída, com o protagonismo de políticas de renda e inclusão social, pelo combate à pobreza e às desigualdades sociais. Isso tornou dinâmico o mercado interno de consumo de massa, o surgimento da “nova classe C” que impulsiona o crescimento do setor secundário e terciário.
“Assim, defendemos a tese de que começou-se a gerar, no Brasil, o que denominamos aqui de “Novo Desenvolvimentismo”, centrado, em sua primeira etapa, na distribuição de renda, inclusão social e combate à pobreza, e que vem moldando a história recente do país e o seu futuro.” (Oliva, 2010: 26)
Outra consequencia decorrente das transformações dos resultados obtidos foi o crescimento do protagonismo internacional do país. Com a criação do G-20 enquanto cúpula de chefes de Estado e de governo em meio a crise de 2008 o país teve papel de destaque devido a sua sólida situação fiscal. Em outras áreas o Brasil também procura projeção internacional, em especial para se tornar um destino turístico mais visitado. Soma-se a isso o fato de que o país sediará a Copa do Mundo de 2014 e a cidade do Rio de Janeiro, as Olimpíadas de 2016.
No entanto a realização dos jogos está a criar situações de transgressão sistemática de direitos humanos básicos. Moradores de