Antropologia - unidade e pluralidade

ANTROPOLOGIA JURÍDICA – ATIVIDADE VIRTUAL 1
UNIDADE E PLURIDADE

Inicialmente, importante destacar que cada grupo humano desenvolve sua cultura e comportamento de acordo com suas experiências com o ambiente natural em que vive, estabelecendo então, valores e normas de conduta para serem cumpridas pelos que vivem dentro do grupo para possibilitarem sua sobrevivência. Tais regras, nos grupos mais rudimentares, mais simples, não são formais, nem necessitam de um poder centralizador, como o Estado, para que lhes sejam conferida eficácia, mas são aceitas pelos indivíduos de forma natural, devido à necessidade, ao costume ou tradição. Partindo desta observação podemos concluir que o homem, apesar de sua unidade biológica (todos os seres humanos são iguais biologicamente falando, fazem parte da espécie humana) possui uma pluralidade cultural, ou seja, dependendo de onde vive possui valores, regras, comportamentos e atividades diferentes, pois a cultura é determinada a partir da necessidade de adaptação do grupo às condições de existência referentes ao lugar onde habita. Quando os portugueses desembarcaram no Brasil, se depararam com os índios, que viviam aqui há pelo menos 10 mil anos. A cultura indígena era completamente diferente da europeia, era menos complexa, com mais rudimentar, porém seu modo de vida era totalmente suficiente e adequado para a sua sobrevivência. Os índios com certeza também não entendiam a cultura portuguesa e nem viam sentido na complexidade tecnológica que os portugueses possuíam, pois os objetivo dos índios sempre foi único: sobreviver e viver, não tinham tanta ambição quanto os colonizadores. A partir daí, podemos identificar um problema. O que acontece quando ocorre este encontro, este choque cultural? Geralmente ocorre o que a Antropologia chama de “etnocentrismo”, ou seja, um grupo discrimina o outro por se considerar “melhor”, ou mais desenvolvido. Os portugueses assim se