Antropologia - Processo criativo de Alan Fontes
Desde criança gostava de desenho e pintura e aos 10 anos de idade, Alan Fontes entrou para um curso de pintura acadêmica no colégio Salesiano. Foi um momento onde trabalhou muito a técnica, e que continuou permeando durante sua adolescência. Não considerava fazer o curso de Belas Artes. Mas em um momento de dúvida resolveu fazer.
Começou o curso em 2000, onde sentia o ateliê de pintura muito vazio, como uma herança da década de 90 com a arte conceitual. Em 2002, quando chegou no ateliê, havia um grupo forte produzindo, com a iniciativa de juntar um grupo fora da universidade para produzir. De modo geral podia se perceber uma resistência com a pintura, e assim, montou um grupo de trabalho Alan Fontes, Leonora Weissman, Erik Fontes, Ana Paula Torres. Alan relata esse momento como uma retomada da pintura.
Alan tinha uma relação muito forte com o desenho, de sair desenhando pela cidade, buscando ângulos pouco convencionais, como vendo a cidade por cima, por exemplo. E assim formou se uma série, que ele começou a pintar de forma simbólica, com cores nada naturalistas, o que resultou como trabalho de conclusão de curso em 2004, quando se formou em Pintura e depois em Desenho. Momento também em que começou a participar de exposições por meio de editais e que mesmo antes da formatura foi para Juiz de Fora, FAOP, que gerou uma série de trabalhos com temáticas em torno da casa. Nessa época também Alan começou a trabalhar com uma galeria, que teve grande impacto sobre seu processo, como estrutura de ateliê e circulação do trabalho.
Em 2005 ele fez uma proposta de trabalhar agora o interior da casa. Em uma relação desenho e pintura, sendo que a exposição também se desdobrava com o tempo. E então, pode se acompanhar o desenvolvimento do trabalho do Alan a partir de mostras individuais, uma exposição contem um desdobramento da anterior.