Antropologia Nietzsche
TRABALHO EM GRUPO
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é a análise crítica do texto de Nietzsche “Genealogia da Moral”, relacionando-o com a dicotomia entre homem civilizado e tribos indígenas. ANÁLISE DO TEXTO
Em Genealogia da Moral, Nietzsche questiona os valores morais da sociedade. Para tanto, travou uma discussão com a metafísica de Platão, que entendia que a moral surgia do mundo inteligível, ou seja, do mundo das ideias. Para esse, o mundo platônico era ilusório e os valores morais criações do homem num determinado tempo e espaço. Estes se transformam, desaparecem e dão lugar a outros. Portanto, fazem parte da história e não de outro mundo. Segundo Nietzsche, haveria duas perspectivas: a dos nobres ou fortes, e a dos ressentidos ou fracos. No período Homérico, o valor “bom” foi criado primeiramente pelos nobres em um sentido de autoafirmação, sendo eles mesmos os bons, ou seja, poderosos e superiores em posição e pensamento. A partir daí, tudo o que se opõe é ruim, portanto, característicos da plebe. Posteriormente aos nobres, a plebe cria o valor “mau”. O mau da plebe é o bom da nobreza, e vice-versa. Portanto, a plebe ou os fracos, fazem uma inversão dos valores da nobreza, num ato de reação.
O ruim, de origem nobre e senhorial, se diferencia do mau, que tem origem na concepção de uma moral escrava, cheia de ressentimento, cujo uso parece ser mais apropriado.
Os sacerdotes sobrepujaram a aristocracia guerreira e transformaram os valores políticos destes em preeminência religiosa. Desta forma, bom passa a equivaler a pobre, miserável, impotente, sofredor, etc. Caracterizando, posteriormente, a moral cristã, pela qual o europeu civilizado se apropriou para subjugar o índio. Nietzsche critica o conceito criado pela nobreza, que segundo ele: “Na raiz de todas as raças nobres é difícil não reconhecer o animal de rapina, a magnífica besta loura que vagueia ávida de espólios e vitórias”. Esta caracterização pode ser relacionada