Antropologia - Idade Moderna
A Idade Moderna é marcada por profundas transformações em praticamente todos os campos que envolvem o ser humano, podendo até mesmo ser vista como uma fase de transição entre o período feudal e a contemporaneidade. As mudanças no âmbito social, político, cultural, religioso e científico fizeram com que a filosofia passasse por amplas transformações, mudando sua forma de ver o homem. Entre as grandes mudanças que marcaram o período, temos a formação dos burgos, ou seja, locais com características urbanas e comerciais, em volta dos feudos, fazendo com que a economia passasse aos poucos de agrário-feudal para comercial, com a troca de excedente e revalorização do dinheiro. Com as Cruzadas, o vínculo comercial entre Ocidente e Oriente foi restabelecido, aquecendo-se ainda mais a economia. As Cruzadas também favoreceram o desenvolvimento da marinha e da navegação, uma vez que os comerciantes precisavam viajar grandes distâncias para alcançar outros pontos da Terra e assim obter mercadorias incomuns na Europa, como as famosas especiarias indianas. O fortalecimento do comércio e da classe burguesa gerou também a necessidade de fortalecimento das nações se fortalecerem. Assim, aos poucos os reis fortaleceram seu poder, como forma de fortalecer a identidade nacional, a questão alfandegária e as moedas nacionais. O fortalecimento dos reis levou aos poucos ao enfraquecimento da Igreja Católica, grande detentora do poder na Idade Média. Um caso bem conhecido que solapou o poder da Igreja foi o movimento contestatório iniciado pelo monge agostiniano Martinho Lutero, que não foi o primeiro desta natureza, mas o primeiro a obter sucesso. Lutero contestou as indulgências, uma prática empreendida pela Igreja tendo em vista o perdão dos pecados e que exigia o pagamento em valores para tal perdão. Lutero conseguiu sair ileso da Inquisição porque os príncipes alemães o defenderam, vendo no nascimento de uma Igreja nacional uma forma do poder real se sobrepor ao