A concepção moderna do homem
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A concepção moderna do Homem. Partindo do conceito temporal da história, principalmente no mundo ocidental, a concepção moderna do homem se deu antes mesmo do inicio da idade moderna em si, pois durante a idade média ela já ia sendo elaborada. No desenvolvimento do pensamento antropológico que vai da renascença do século XII, passando pelos séculos XIII e XIV, florescendo de modo quase completo no século XV e se verá integrado e completado no século XVIII, onde o homem moderno já ocupa do centro da cena histórica. Essas concepções irão influenciar o pensamento antropológico nos séculos XIX e XX. Na Renascença que se compreendeu dos séculos XIV até o século XVI, foi marcada por transformações não só na Europa Ocidental, mas também em todo o mundo conhecido até então. O brilhantismo que marcou essa época histórica foi denominado como humanismo. Esse termo conota uma nova sensibilidade ao que é o homem, é a elevação da sua verdadeira humanidade: homo humanus. As grandes navegações e a descoberta pelos Europeus de novas formas de civilização emolduraram o conhecimento renascentista. Nesse contexto de influências, tendo de um lado a tradição cristão-medieval que ainda reina poderosamente e dando ao humanismo uma fisionomia de um humanismo cristão. Dos pensadores humanistas podemos aqui citar o Cardeal Nicolau de Cusa, que segue a última forma da Escolástica medieval, o nominalismo, que rejeita os fundamentos metafísicos e a posição de um mundo ideal, identificado com o Intelecto divino.
O pensamento de Nicolau de Cusa dá ênfase à imanência do divino no mundo, sem pôr em xeque a personalidade divina, mas realçando o predicado da infinidade na infinidade do mundo confrontada com a infinidade cósmico-divina. Nicolau anuncia a ideia de individuo, que alguns veem como ideia chave do pensamento da Renascença. Mesmo diante de sua originalidade, sendo precursor da concepção moderna do homem, Nicolau de Cusa é um típico pensador de transição. Outros nomes do período