Antropo
Entretanto, foi preciso reconhecer que até mesmo a mais primitiva das sociedades seria capaz de evoluir; Malinowski, por exemplo, concluiu que o conceito de “sociedade primitiva” se desmancharia com o passar do tempo, fazendo com que a antropologia, na época, perdesse seu foco.
Estabeleceu-se, assim, uma crise que abalou as estruturas antropológicas, que até então haviam se firmado no estudo das populações que se divergiam da civilização ocidental. O que fazer com a antropologia, então?
A partir dessa problemática, surgiram duas vias de resposta: a primeira se propôs a estudar o camponês dentro da própria sociedade; a segunda desenvolveu uma nova abordagem epistemológica, afirmando que a antropologia não é senão o estudo do homem inteiro; e o estudo do homem em todas as suas diversidades.
O estudo do homem inteiro seria o estudo dentro de todos os campos nos quais ele estava inserido (biológico, histórico, linguístico, psicológico, social e cultural), pois a antropologia defendia a não fragmentação do homem.
A antropologia serviu, então, como ponte para ajudar a distinguir as características consideradas inatas das características culturais de uma sociedade. Boas, por exemplo, criticou a ortogênese: na verdade, as mudanças que ocorriam em uma sociedade seriam o produto de escolhas culturais e a característica natural do homem, na realidade, seria a capacidade de reinventar modos de vida e as formas de organização social.
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