antologia poetica
JENNIFER A. DE SOUZA CAMACHO
BRUNA ROB
O SÉCULO XIX NO SÉCULO XXI
PRAIA GRANDE
2013
Introdução
-2. Amor Não Correspondido
P'ra Maria
(Castro Alves) ADEUS! P'ra sempre adeus!A voz dos ventos
Chama por mim batendo contra as fragas.
Eu vou partir... em breve o oceano
Vai lançar entre nós milhões de vagas ...
Recomeço de novo o meu caminho
Do lar deserto vou seguindo o trilho... Já que nada me resta sobre a terra
Dar-lhe-ei meu cadáver... sou bom filho!...
Eu vim cantando a mocidade e os sonhos,
Eu vim sonhando a felicidade e a glória!
Ai! primavera que fugiu p'ra sempre
,Amor — escárnio!... lutulenta história!
Bem vês! Eu volto. Como vou tão rico...
4. Mulher:
(William José Carlos Marmonti)
Comecei a desenhar-te na areia
Do galho úmido, presente do mar.
Finquei sem piedade, sangrando linhas e alma
Sem idade , mulher que a vida
Idéia sofria, desejo e olhar...
Loira, morena ,qual volume e dimensão
Pele que chuva banharia um dia , toda ilusão.
Traço delicado e belo, corpo e mente
Rompendo carente, todo grão...
Porção que floresce,amado ser
Paixão que transcende ,semente do coração.
Desnudar-te em sons de violinos ,cordas e veleiros
Foi minha obra ,alma gêmea ,melhor canção.
Aventura ,cúmplice encontro , ausência doce
Da fêmea querida, totalidade perdida
Sopro de vida, que o amor fez nascer.....
5. MORTE
Se Eu Morresse Amanhã!
(Álvares de Azevedo )
Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
Que sol! que céu azul! que dove n'alva
Acorda a natureza mais loucã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse