Antígona é uma tragédia escrita pelo dramaturgo grego Sófocles em 444 a.C, sendo uma das sete peças resgatadas em meio a cento e vinte peças escritas por ele. A obra é a continuidade da peça “Édipo Rei”, onde os irmãos de Antígona são mortos e ela então, na obra seguinte, sepulta o corpo de um de seus irmãos, contrariando a ordem de Creonte, o rei, de não o fazê-lo. Esta é julgada de morte e a sua morte dá início a uma série de mortes que, por sua vez, atormentam o rei. Por ser uma peça, a obra não contem capítulos, somente breves comentários sobre a ordem de entrada de cada personagem – Antígona, Hêmon, Ismênia, Tirésias, O Coro de Anciãos de Tebas, Eurídice, Creonte, O Guarda e O Mensageiro. O livro da editora L&PM Pocket possui 97 páginas em seu conteúdo. Todo ser humano tem o direito de ter uma morte digna, e ser sepultado como bem queres. No livro Antígona, Sófocles sobrepõe duas opiniões: a da sociedade e a do rei. Sendo este um governo absolutista, a sociedade não se intrometia nas decisões do rei e este, por sua vez, vangloriava-se com esta posição da sociedade, posto que fosse considerado mandado dos Céus e não havia ninguém que o contrariasse. A Declaração dos Direitos Humanos dispõe que o ser humano deve ser protegido, isso inclui suas culturas e crenças; portanto, ordenar que Antígona não sepulte o corpo do irmão é desrespeitoso até mesmo para com as ideias e concepções da própria Antígona. Antígona é uma peça que transpassa o tempo e, não importando em que época seja lida, ainda é válida e sempre será, sendo, por esse motivo, um clássico da literatura grega. Essa obra pertence ao jusnaturalismo, pois explica, primeiramente, de modo sutil, quais são os direitos e as garantias de um povo em vida e depois da morte e como duas percepções tão importantes podem distorcer tanto a realidade. E também pertence ao juspositivismo, pois mostra de forma clara que em cada governo há uma forma de moldarem-se as leis; neste caso,