Anotações aula de IED
Reintegração social:
Oportunidades para mudar vidas
Irará – 05 de outubro de 2010
Colégio Social de Aprendizagem e Cultura integrada
Reintegração social:
Oportunidades para mudar vidas
Irará – 05 de outubro de 2010
Justificativa
A integridade física e moral do homem é prevista na Declaração Universal dos Direitos Humanos. No entanto, esta resolução é constante violada e a sociedade parece não mais se sensibilizar perante situações extremamente violentas. Esta banalização, aliada à aparente impunidade dos criminosos, contribui para o alastramento de uma onda de violência, normalmente, praticada por jovens. Estes últimos são tanto reflexo da educação que receberam, quanto da influência do seu meio de convívio. Assim, torna-se importante a análise dos fatores que os levaram a se envolver com o mundo do crime.
O Brasil possui a 4ª maior população carcerária do mundo, totalizando cerca 550 mil detentos. Entre eles, 41,5% não concluíram o Ensino fundamental e 53% se declaram negros¹. Estes números não são por acaso. Eles refletem a dura realidade da sociedade brasileira: hierarquizada e preconceituosa. Os negros, historicamente, sofreram um processo de marginalização, o qual se acentuou após a abolição da escravatura. Privados, por anos, do acesso à educação, estes estavam sempre em desvantagem na competição por um emprego digno, alimentando um ciclo de pobreza. Situação semelhante ocorreu com os pertencentes às classes sociais menos favorecidas.
Sem perspectivas de ascensão social e encurralados pela pobreza e misérias eminentes, a solução encontrada por muitas dessas pessoas, foi o envolvimento com a criminalidade. Obviamente, a desigualdade social não é a única responsável pelos crimes. Primeiro, porque a maioria das pessoas humildes têm uma vida honesta e, segundo, porque muitos crimes repugnantes são praticados por jovens pertencentes à elite.