Anota Es P1
Reunir em um só estudo bibliográfico as obras principais que tratam, direta ou indiretamente, de sua consolidação institucional.
Pretendemos contribuir para o crescimento e a sofisticação do estudo crítico do conhecimento sobre o Brasil e os brasileiros produzido em ambientes acadêmicos estrangeiros, mormente nos Estados Unidos - país que é líder mundial na produção de conhecimento sociocientífico sobre outras sociedades.
Narrativa histórica linear. Início no final do século XIX e no início do século XX.
Caráter semasiológico: que parte do significante para chegar ao significado ou a um conceito.
Anteriormente a 1900, nenhuma obra contendo o termo Latin America em seu título foi publicada em inglês. O resultado para Spanish America é similar: apenas seis livros, e nenhum com viés acadêmico.
Johnson diz que, em 1946, não havia nos Estados Unidos sequer meia-dúzia de latinoamericanistas nas disciplinas de antropologia, geografia ou literatura, e um número ainda menor em ciência política, economia e sociologia.
“No período de 1920 a 1945, os cientistas políticos (americanos) produziram, em média, um artigo acadêmico por ano sobre a América Latina (GOMEZ,1967)”.
Ao nosso ver, anteriormente à guerra, quando o estudo da América Latina era feito por meia dúzia de acadêmicos espalhados pelo território americano, não se podia falar em Latin American studies propriamente ditos. Esses só se consolidaram de fato com a criação de programas de estudo, cursos, centros de pesquisa, revistas especializadas, linhas editoriais, conferências, associações de estudiosos e linhas de financiamento públicas e privadas. Somente com essa infra-estrutura institucional é que abordagens, teorias e literaturas sociocientíficas sobre a América Latina puderam ser elaboradas. Essa realidade não existia antes da guerra e passou a existir depois dela. Porém, esse processo não se deu de modo paulatino e contínuo. Como veremos na próxima seção, a Segunda Guerra