Anjo
E hoje encontro-me aqui. A escrever algo que ainda não sei ao certo se conseguirá expressar a minha dor e a minha saudade. Partiste demasiado cedo. Cedo demais. Partiste sem que eu te pudesse ter dito um adeus de verdade. Custa. Dói. Magoa. Não sei até que ponto consigo suportar a tua perda sem que faça algo para conseguir diminuir a minha dor e saudade. Já não tenho lágrimas para chorar. Já não consigo ter forças para gritar que voltes. Já não consigo suportar-me de pé por muito mais tempo. É difícil manter a postura quando o nosso coração se despedaçou. É difícil porque para além de estar despedaçado também lhe falta uma parte, a parte que levaste contigo. Eu não consigo pensar em passear sem ti. Não consigo imaginar-me ir ao cinema e não te ver ao meu lado. Vão haver coisas que eu vou deixar de fazer porque simplesmente não consigo suportar fazer isso mesmo sem ti. Preciso de ti. Preciso tanto de ti. És a minha estrela. És a primeira estrela que aparece no Céu e a mais brilhante e linda de todas. És insubstituível. Vou recordar-me sempre do teu sorriso, do teu riso, do brilho dos teus olhos escuros e lindos. Vou lembrar-me sempre de quando me tapavas o sol dos olhos com a tua sombra. Vou lembrar-me sempre do cheiro do teu perfume. Vou lembrar-me do conforto que era abraçar-te e ouvir o teu coração bater. Vou recordar-me da maneira como o teu cabelo era sedoso e eu adorava mexer nele. Vou recordar-me sempre da maneira como conseguias pôr-me sorrir mesmo quando eu não conseguia sentir-me feliz. Quero recordar-me da tua presença no nosso círculo. Quero rever os teus desenhos perfeitos. Quero poder voltar atrás no tempo. Quero por pausa no teu sorriso. Quero lembrar-me da curva dos teus lábios. Quero lembrar do som da tua voz. Quero voltar a viver tudo. Quero ter-te. É só isso que eu quero. Eu peço todos os dias para poder voltar a ver-te. Nem que seja por um segundo. Quero voltar a lembrar-me o porquê de eu ter sido tão completa enquanto tu