Animais transgenicos
A relação dos seres humanos com as demais espécies animais vem desde a sua existência e envolve uma relação predatória e/ou de simbiose.
Os humanos exploram as outras espécies animais principalmente como fonte de alimento, meio de transporte e como força de tracção para o trabalho desde os primórdios da sua evolução. Estes também se valeram de outras espécies animais para pesquisas biomédicas na resolução de enfermidades que os afectam, protegendo-se e curando-se das diversas patologias a saúde. Jenner testou a sua hipótese da vacinação a partir de seus conhecimentos da doença no gado leiteiro, Pasteur testou a sua teoria da imunização da raiva a partir de macerado do cérebro de um cão raivoso. Kock estabeleceu de forma cabal e inequívoca, pela primeira vez na história, a relação causal entre um agente microbiológico e uma doença, estudando o carbúnculo que afectava o gado
Contudo foi Claude Bernard, por volta de 1865, que em seus estudos de fisiologia lançou os princípios do uso de animais como modelo de estudo e transposição para a fisiologia humana. Seu trabalho “Introdução ao Estudo da Medicina Experimental” procurou estabelecer as regras e os princípios para o estudo experimental da medicina. Ele provocou situações físicas e químicas que resultavam em alterações nos animais semelhantes à de doenças em humanos. Enfatizava a aplicabilidade da experimentação animal aos humanos.
Há cerca de 150 anos modelos de animais têm sido desenvolvidos para estudo das causas e terapia das doenças humanas.
O modelo animal é usado em todos os campos da pesquisa biológica nos dias de hoje. A relação entre os humanos e os animais de outras espécies ganhou contornos mais definidos, a exploração de outras espécies tem regras e uma ética estabelecida, a indução dos resultados do animal para a espécie humana tem critérios claros e objectivos a serem preenchidos e os humanos tomaram consciência de que fazem parte de um conjunto interligado, em que os elos se