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O SensorialFIT resulta do desenvolvimento da tese de mestrado em Design de Moda defendida pela designer freelancer há quatro anos, na Universidade da Beira Interior. O projeto, que agora garantiu um prémio de 25 mil euros à vencedora, visa a criação de peças de vestuário para o dia a dia, confortavéis, fáceis de vestir por crianças com algum tipo de limitação, em termos psicomotores e que permitam, ainda, transportar elementos terapêuticos utilizados nos hospitais e nas sessões de terapia. Para conseguir o objetivo, Ângela Pires coloca nas peças de vestuário velcros ou imans, em vez de botões. A designer definiu várias soluções e criou duas linhas: a soft, feita de matérias suaves, para crianças com problemas de hipersensibilidade, e a texture, com um caráter modular, composta por acessórios que podem ser usados para promover o desenvolvimento sensorial e cognitivo, com uma componente lúdica para as crianças. Entre os modelos propostos estão camisolas e casacos, sobretudo em malha, ou vestidos que integram acessórios como por exemplo, bolsos com texturas diferentes no interior, objetos escondidos para brincarem ou jogos de associação de formas e cores. São aproveitadas as propriedades mais interativas de alguns materiais têxteis, como mudarem de cor em função da temperatura ou terem aromas diferentes, e elementos como uma luz acionada por movimento.
Ângela Pires tem agora como objetivo criar a sua marca e produto, para o que já realizou contactos na área de produção e de materiais. A sede deverá ser no Porto, onde há maior oferta em termos de produção têxtil, e o valor do prémio vai ser determinante nesta fase. O modelo de negócio está a ser desenvolvido em parceria com a ANJE e o INESC Porto, no âmbito do programa Tec Empreende.
Uma mistura de design e tecnologia, proposto pela criadora de moda Ângela Pires. Apoiada pela ANJE, no âmbito do projeto Tec-Empreende, a jovem de 28 anos conseguiu transformar a tese de mestrado num plano de negócios