ANGOLA NA SADC
A minha apresentação terá dois momentos. No primeiro, falaremos de alguns conceitos e teorias que sustentam os processos de integração e de cooperação. No segundo momento, falaremos em síntese da SADC e do papel de Angola nesta organização regional.
Do ponto de vista da história, o fim da segunda guerra mundial favoreceu a redinamização dos processos de integração regional em quase todos os continentes, promovida pela acção dos factores estruturantes das relações internacionais que são : (1) o Direito internacional (2) a concertação multilateral; (3) a diplomacia permanente e (4) a promoção da economia de mercado.
Deste modo, existem várias teorias que sustentam os processos de integração e entre estas sobressai a teoria neofuncionalista, de David Mitrany, romeno de nascimento e cidadão inglês por adopção que morreu em 1975 e que contribuiu bastante para a conceptualização do processo de integração da UE.
Com base nas suas reflexões, interessa frisar, que um dos traços essenciais de qualquer processo de integração regional reside no facto de que a soberania dos Estados membros é compartilhada entre várias instituições intergovernamentais, empenhados na construção de uma soberania supranacional, em detrimento das soberanias nacionais.
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De facto, os Estados que decidem integrar perdem parte da sua soberania, transferindo-a para um órgão supranacional, no caso Europeu, para Bruxelas, tida como capital da UE, e no caso da SADC, para Gaberone, que é capital da República do Botswana.
Assim sendo, a teoria neofuncionalista realça no âmbito dos processos de integração as vantagens competitivas