origem da sadc
2.1. Países da Linha da Frente (PLF)
Após a criação da Organização da Unidade Africana em 1961 e da aprovação de uma resolução (Mogadíscio, 1971) considerando não haver alternativa a luta armada para a libertação da África Austral o Comité de Libertação da OUA sediada em Dar-esSalam (Tanzânia) dividiu-se nas medidas concretas a tomar contra os regimes racistas da África do Sul e Rodésia e o colonialismo Português. O comité da OUA e os movimentos dos países da linha da frente conseguiram mobilizar apoio internacional para fazer face a guerra de resistência colonial que viria a durar longos anos e acarretar recursos financeiros e humanos, e a mesma região veio a ser o palco de ensaios geopolíticos e geoestratégico por parte das potencias ocidentais. Com o impulso de
Julius Nyerere (1922-1999), empenhado no apoio a Frelimo, movimento de libertação de Moçambique aos regimes progressistas de Ali Soilih nas Comores e de Francês de
Albert René nas Seychelles, nasceu um, movimento dos Países da Linha da Frente
(PLF).1
A visão geoestratégica da OUA na criação do comité dos Estados da linha da frente para a região austral contra o inimigo comum, culminou com a independência de
Moçambique, Angola e Zimbabué, uma vez independente a liderança dos Estados da linha da frente sentiu a necessidade de tratar de questões económicas na região, porque os objectivos inicias era a libertação política, pôs a maioria desses países enfrentavam muitas dificuldades e atraso económico-social, ameaça de desestabilizar na região por conta do apartheid na África do Sul.2
Após as independências de Moçambique e Angola em 1975 o movimento informal dá a Organização dos Países da Linha da Frente como membros regionais
Angola Botswana, Moçambique, Tanzânia e Zâmbia. Em 1979 o presidente da Tanzânia
1
SADC, África Austral em Busca do Futuro, África 21,a Luanda, Revista África 21-2010,pag.20
MURAPA, Rukudzo. A Comunidade da África Austral. In fascículo de