Angioplastia
A angioplastia transluminal consiste em produzir a dilatação de segmentos de vasos estenosados pela inflação, nesses locais, de balões de polietileno ou polivinil calibrados.
HISTÓRICO
A história da angioplastia transluminal começou em 1963 quando Dotter, acidentalmente, durante uma , arteriografia por cateterismo, conseguiu recanalizar uma oclusão segmentar de artéria ilíaca com o catéter de angiografia.
Um ano após, Dotter e Judkins realizaram a primeira angioplastia transluminal, intencionalmente, utilizando um sistema de catéteres coaxiais, que desenvolveram após aquela citada recanalização acidental. O sistema era composto de catéteres dilatadores de teflon, de calibre sucessivamente maior, os quais, ao serem passados um por dentro do outro, sobre fios guias metálicos (sistema coaxial) através das estenoses, produziam aumento da luz dos vasos estenosados. Assim surgiu a angioplastia com catéter coaxial pela técnica de Dotter-Judkins.7,11,12 Essa técnica exigia um grande número de catéteres para dilatar os vasos mais calibrosos, fato que dificultou sua aceitação na maioria dos centros médicos.
Em 1974, Andreas Gruntzig e Hopff produziram um catéter de lúmen único com um balão rígido feito de polivinil. A baixa complacência e a grande resistência desse material permitia a aplicação de altas pressões no balão (4 a 5 atmosferas) e, mesmo assim, ele só dilatava para o diâmetro pré-determinado exercendo grande força radial, só se rompendo se pressões maiores fossem aplicadas.
Em 1976 esse catéter sofreu uma modificação para duplo lúmen como é até hoje confeccionado, ou seja, um lúmen para dentro do balão e um lúmen para a extremidade do catéter (Figura l). Com o uso desse catéter balão, Gruntzig e Hopff realizaram com sucesso, entre os anos de 1976 e 1978, angioplastias das artérias ilíacas, femorais e poplíteas.
Esses experimentos permitiram ampliar as indicações desse procedimento e, em 1978, Gruntzig realizou as primeiras angioplastias de