Enfermagem
O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma condição comum nos serviços de emergência e associa-se a importantes taxas de mortalidade e morbidade. Apesar de todas as inovações terapêuticas, seu impacto permanece. Estratégias que permitam melhorar a eficácia da reperfusão podem trazer benefícios no prognóstico dos pacientes com IAM. Uma estratégia possível e testada neste estudo é o uso do balão intra-aórtico. Contexto clínico
Apesar de todos os avanços terapêuticos nos últimos anos, o infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) ainda apresenta uma mortalidade que não é desprezível. Um dos focos de tratamento para melhorar o prognóstico destes pacientes é a redução do tamanho do infarto secundário à obstrução microvascular que pode ocorrer no momento da angioplastia (fenômeno do “no reflow”). Este aumento do tamanho do infarto pode levar ao remodelamento ventricular e, consequentemente, à insuficiência cardíaca. O balão intra-aórtico (BIA) aumenta a perfusão coronariana na diástole e diminui a pós-carga do ventrículo esquerdo na sístole, o que leva à redução da demanda por oxigênio e, possivelmente, da área de infarto. É uma modalidade terapêutica recomendada em pacientes com choque cardiogênico. O objetivo do presente estudo foi comparar o uso do BIA inserido antes da angioplastia primária com a angioplastia primária isoladamente em pacientes com IAMCSST anterior em pacientes sem choque cardiogênico quanto ao tamanho do infarto. O estudo
O estudo teve um desenho prospectivo, randomizado, aberto comparando o uso do BIA antes da angioplastia ou apenas a angioplastia em pacientes com IAMCSST anterior sem choque cardiogênico. Foram incluídos pacientes com até 6 horas de dor torácica. Foram excluídos pacientes em que o BIA não pudesse ser inserido, pacientes submetidos à trombólise até 72 horas antes, com contraindicações para realização de ressonância nuclear magnética (RNM) do coração e pacientes com IAM ou