Anestesicos Gerais
São subdivididos em duas classes: endovenosos e inalatórios
Anestésicos gerais endovenosos
São substâncias que tem a capacidade de inibir o SNC. Essa inibição é não seletiva, o que quer dizer que o anestésico não age em um local específico. Essa inibição é também reversível.
Um anestésico geral deve proporcionar: analgesia, amnésia (perda da consciência), relaxamento da musculatura esquelética (BNM) e redução dos reflexos autonômicos.
Como ocorre a inibição do SNC? Os anestésicos gerais, tanto inalatórios quanto intravenosos, tem a capacidade de potencializar sinapses inibitórias ligando-se a receptores de GABA e glicina (neurotransmissores inibitórios) aumentando o influxo de íons com cargas negativas na célula ou bloqueando sinapses excitatórias graças ao bloqueio de receptores de glutamato. Dois receptores de glutamato podem ser bloqueados nesse caso: receptores de NMDA ou AMPA. O glutamato é um neurotransmissor excitatório.
Apenas um anestésico endovenoso bloqueia sinapses excitatórias: a quetamina. Ela bloqueia receptores NMDA de glutamato.
Um anestésico geral é ideal quando possui como características: indução anestésica rápida e principalmente recuperação anestésica rápida.
Alguns anestésicos são utilizados para indução anestésica. Outros são utilizados para manutenção anestésica.
O anestésico geral possui quatro estágios no organismo do paciente: estágio de analgesia, estágio de excitação, estágio de anestesia e estágio de depressão bulbar.
No primeiro estágio há analgesia sem amnésia. No final do primeiro estágio, há analgesia e amnésia. O segundo estágio é considerado um estágio de “sofrimento” do paciente, pois este apresenta movimentos involuntários, respiração irregular e crises de náuseas e vômitos. No estágio de anestesia, o paciente volta a ter respiração regular e há perda de reflexos palpebrais e alteração no tamanho da pupila. No estágio de depressão bulbar, ocorre depressão do centro vasomotor da medula oblonga, o