Resumo de anestésicos gerais e locais
Os anestésicos gerais são usados como adjuvantes em procedimentos cirúrgicos, de modo a tornar o paciente inconsciente do, e não-responsivo ao, estímulo doloroso. Eles são dados sistemicamente e exercem seus principais efeitos sobre o sistema nervoso central.
Para um fármaco ser útil como anestésico, ele deve ser prontamente controlável, de modo que a indução e a recuperação sejam rápidas, permitindo que o nível de anestesia seja ajustado quando necessário durante o curso da operação.
Diferente da maioria dos fármacos, os anestésicos inalatórios, não pertencem a nenhuma classe química reconhecida, o formato e a configuração eletrônica não é importante. E a ação farmacológica parece necessitar somente de que a molécula tenha certas propriedades fisicoquímicas.
As teorias mais antigas, particularmente a lipídica, basearam-se em ideias fisicoquímicas gerais. A teoria lipídica mostrava a íntima e impressionante correlação entra a potência anestésica e a lipossolubilidade. Para Meyer (1937), formulador da teoria: “A narcose começa quando qualquer substância química indiferente alcança uma certa concentração molar nos lipídeos da célula”. Porém a teoria não explica como essa simples introdução de moléculas estranhas inertes na membrana celular poderia causar um distúrbio funcional. Dessa forma, a atenção oscilou dos lipídeos para as proteínas.
Os anestésicos podem se ligar às proteínas, assim como aos lipídeos. Eles interagem com as proteínas funcionais de membrana, particularmente, uma ampla faixa de canais iônicos acionados por ligantes. A maioria dos anestésicos aumenta a atividade dos receptores (GABA)- A inibitórios e muitos inibem a ativação dos receptores excitatórios, como os receptores de glutamato e nicotínicos da acetilcolina.
Ao nível celular, o efeito dos anestésicos é inibir a transmissão sináptica, não sendo importante na prática quaisquer efeitos provavelmente sobre a condução axonal. A liberação de transmissores