Anestesiologia
UMA REVISÃO DE LITERATURA
RESUMO
A farmacologia dos anestésicos locais é complexa e novas drogas surgem diariamente. Logo, a compreensão dos aspectos farmacológicos dos anestésicos locais é importante para a seleção da droga a ser utilizada em cirurgia. As propriedades físico-químicas de cada anestésico local determinam a ação, potencialidade e duração da anestesia. Como orientação ao clínico-geral, este artigo fornece informações importantes sobre os anestésicos locais.
Introdução
A anestesia local é definida como um bloqueio reversível da condução nervosa, determinando perda das sensações sem alteração do nível de consciência(Ferreira, 1999).
A procura por substâncias que pudessem amenizar a sensação dolorosa vem desde a antiguidade,onde já se conhecia o ópio (suco da papoula). Antes da descoberta dos anestésicos, também eram utilizados,asfixia temporária do paciente na qual se provocava uma isquemia cerebral e um desmaio momentâneo (se necessário dava-se uma pancada na cabeça do paciente,atordoando-o). Nessa última opção, caso este procedimento não resolvesse, o paciente era vigorosamente imobilizado pelos membros por quatro auxiliares e o cirurgião poderia realizar o seu esperado trabalho(Faria; Marzola, 2001).
Nieman, em 1860, utilizou o primeiro anestésico local na Medicina e Odontologia que foi a cocaína,isolada da Erytroxycolon coca. No ano de 1880, Von Srep desenvolveu um estudo de suas propriedades farmacológicas.Os benefícios da cocaína foram bastante apreciados e logo passou a ser administrada com eficácia em vários procedimentos médicos e odontológicos.Várias pesquisas tiveram início à procura de substitutossintéticos para a cocaína, tendo Ein Horn, em 1905,sintetizado a procaína, que deu início à descoberta dos anestésicos locais utilizados até hoje (Tortamano;Armonia, 2003).
Atualmente, os anestésicos locais mais utilizados em Odontologia são aminas terciárias com propriedades hidrofílicas e lipofílicas,