CIiclo celular
Com a introdução à biologia de precursores radioativos de DNA e análogos a nucleotídeos, pôde-se definir um período de síntese de DNA durante a intérfase. Este período foi denominado de fase S.
Ao intervalo de tempo entre os eventos da mitose e a fase S denominou-se G1 (G do inglês, gap=intervalo): seria o período requerido por muitas células para crescer. Sendo, entretanto, essa definição inútil para o entendimento de seus mecanismos de regulação, cogitou-se que tal fase fosse pouco importante ou até mesmo inexistente. Da mesma forma, foi definido G2, neste caso, o intervalo de tempo posterior à fase S e preparatório para a mitose. Vale salientar que, em alguns casos, as fases do ciclo celular ocorrem em locais distintos dentro de um tecido (Figura 1).
Ao longo da intérfase, ao contrário do que ocorre com a mitose, diferenças morfológicas significativas são observadas à microscopia óptica. Em função disso, até a década de 1970, com exceção da descrição da fase S, pouca atenção havia sido dispensada a este período. Remak (1841), observando leucócitos de girinos, foi o primeiro a descrever a geração de células pela divisão de outras preexistentes. Com o advento da microscopia óptica e consequente observação de componentes celulares, como os cromossomos, duas etapas passaram a definir o ciclo celular: Primeiramente, a Mitose ou fase distributiva: Devido à grande mudança arquitetônica da célula, é a fase visualmente mais dramática do ciclo celular. Foi definida a partir da segregação cromossômica. A intérfase ou fase preparatória: compreende o período entre duas divisões celulares. Nessa etapa, a célula armazena material suficiente para a geração de suas células filhas.
Figura 1. Etapas do ciclo celular: Fase M (Mitose); Fase S (Síntese de DNA); G1 (O primeiro intervalo após a mitose); G2 (O segundo intervalo, ocorre após a síntese de DNA e antes da próxima mitose).
Durante a mitose os cromossomos condensam-se e se distribuem de forma a