Anencefalo
Sou contra ao aborto de anencéfalo, sabendo que a anencefalia é um defeito congênito que se caracteriza pela ausência da maior parte do cérebro. A geração de um feto anencéfalo é, para as mulheres, é um motivo de muita dor física e emocional, por saber que a chance de o feto morrer durante a gravidez é enorme e que, e em caso contrário, o bebê sobreviverá por pouquíssimo tempo após o parto. Ser a favor do aborto é ser a favor daquilo que não se gosta de ver ou sentir, não é justo separar aqueles que lutam pela vida e os que acham que podem separar a vida de Deus. Mas fica difícil para a maioria das famílias, que não tem apoio algum e nem condições de pagar médicos e apoio psicológico para si mesmo. No entanto, ser dona implica ser responsável. O feto que a mulher carrega, e do qual quer interromper gravidez, não pertence a ela. Não foi gerado só por ela, logo, ela não é a única “dona” dele há a figura do outro lado, o pai. Portanto, qualquer decisão sobre o feto terá que ser discutida a dois. Isso em virtude do sexo ter sido feito a dois.
Enfim, aborto rima com irresponsabilidade. Irresponsabilidade da mulher para consigo mesma, da mulher para com seu parceiro e da mulher para com o feto.
Não tenho nada a opor quanto ao aborto de anencefálicos. Mas daí a estender o direito da mulher interromper qualquer gravidez, só deixa mais contundente a irresponsabilidade que a mulher tem com seu próprio corpo. Existem várias formas de pensar, e acredito que muitas mães que passam por essa situação de ter que conviver com o sofrimento contínuo de um ser, que por ironia do destino foi predestinado a sofrer e consequentemente sua mãe e sua família ter que assistir esse sofrimento diariamente, amando, cuidando, mas na espera que isso tudo acabe…
Não consigo ver por um lado simplesmente carnal ou egoísta mais de certa forma espiritual, tirar a vida de sofrimento na terra e dar descanso a esse ser em um lugar que garanto a todos