Anencefalia e a Interrupção terapeutica da gravidez
INTRODUÇÃO.
A anencefalia é uma má-formação congênita, um distúrbio cefálico resultante de um defeito do tubo neural que ocorre quando a extremidade (cabeça) cefálica do tubo neural não se fecha, isso ocorre geralmente entre os 26 e 23 dias de gestação. Crianças com esse distúrbio nascem sem um cérebro anterior, responsável pela maior parte do cérebro que consiste principalmente dos hemisférios cerebrais. O tecido cerebral restante geralmente é exposto não coberto por osso ou pele. A definição anencefalia não é corretamente utilizada, uma vez que o termo significa, “sem encéfalo”, e a criança pode nascer com o encéfalo mal formado, apresentando algumas partes do tronco cerebral funcionando , assegurando algumas funções vitais do organismo. A grande questão levantada quanto a essa deformação é se deve-se ou não levar a gestação a diante, se os pais têm o direito de escolher se querem ou não, se o bebê, assim como que por um milagre poderá ter um tempo maior de vida do que a expectativa; o que implica em um impasse religioso , ético, médico e jurídico.
Para que possamos entender o que realmente ocorre com os bebês anencéfalos, necessário se faz que saibamos qual a função do encéfalo e de seus componentes, e de como se dá a má formação dos mesmos nesses indivíduos, observando os aspectos jurídicos da questão.
ASPECTOS MÉDICOS.
O Encéfalo
Conjunto dos centros nervosos contidos na caixa craniana dos vertebrados. O encéfalo é o principal órgão do corpo. Possui uma constituição elaborada e mais admirável do que qualquer máquina já construída. Dos olhos, ouvidos, nariz e pele, o encéfalo recebe mensagens que informam o homem a respeito do mundo que o cerca. O encéfalo também recebe um permanente fluxo de sinais de outros órgãos do corpo que o capacitam a controlar os processos vitais do indivíduo. O encéfalo controla os batimentos do coração, a fome e a sede. Toda vez que uma