Anemias marcador RDW
Rev. bras. hematol. hemoter. 2008;30(2):85-88
Diferenciação das anemias microcíticas utilizando a determinação do RDW
número de hemácias mostrou uma eficiência de 75,6% na diferenciação entre as duas anemias microcíticas.8
Nesta edição da RBHH é publicado um estudo de Matos e col. em que é avaliada a acurácia do RDW na diferenciação entre anemia ferropriva, anemia de doença crônica e beta talassemia heterozigótica. De acordo com os resultados apresentados, embora tenha havido uma leve tendência a maiores valores de RDW na anemia ferropriva, não houve diferença significativa entre os valores médios de RDW entre os três grupos estudados, o que leva os autores a sugerir a limitação da utilização desse parâmetro na distinção entre esses três tipos de anemia tão comuns no nosso meio.
O elevado grau de automação dos aparelhos hematológicos em uso na maioria dos laboratórios de análise de médio e grande porte tem proporcionado uma economia substancial de tempo na emissão dos resultados e grande grau de confiabilidade nos mesmos, desde que as normas preconizadas de controle de qualidade sejam efetivamente empregadas. Adicionalmente tem permitido a incorporação de novas informações que podem ser interessantes no entendimento da fisiopatogênese de determinadas doenças, assim como no diagnóstico laboratorial de algumas condições clínicas.
Diferentemente do que possa aparentar, a tecnologia não substitui outros procedimentos laboratoriais como, por exemplo, a análise microscópica do sangue. No entanto, se utilizados com critério, os diversos recursos oferecidos pela automação podem representar importantes ferramentas principalmente no reconhecimento de amostras anormais, reservando um tempo maior na análise mais pormenorizada das amostras alteradas. Os resultados deste estudo e os demais relatos da literatura confirmam essa abordagem. Na prática, o que se observa é que esses novos parâmetros podem ser bastante úteis como screening, uma